Bem antes de o Mundial de Clubes começar, os torcedores já falavam numa
possível final entre Corinthians e Chelsea. A competição no Japão tem
outras cinco equipes envolvidas. E o Monterrey, representante das
Américas Central e do Norte, chegou cheio de disposição, deixando claro
que não atravessou o mundo para ser coadjuvante de ingleses e
brasileiros.
O capitão José Basanta e o técnico Victor Vucetich, do Monterrey (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Na primeira entrevista coletiva oficial do time depois do desembarque
no Japão, o técnico Victor Vucetich e o capitão Jose Basanta ressaltaram
que não estão na competição para brincadeira. E querem surpreender. O
Monterrey entra em campo neste domingo, às 5h (de Brasília) na cidade de
Toyota, para enfrentar o Ulsan, da Coreia do Sul. Quem vencer vai
encarar o poderoso Chelsea na quinta-feira, em Yokohama, na disputa por
uma vaga na final.
– Estamos preparados para ser a surpresa do Mundial – afirmou o treinador.
No ano passado, o Monterrey também jogou o torneio, mas decepcionou.
Logo na primeira partida, acabou eliminado pelo anfitrião Kashiwa Reysol
e não passou de um frustrante quinto lugar. Agora, mais experiente, o
time de Vucetich espera ir mais longe.
– Somos gratos por estarmos aqui no Japão novamente. Temos mais uma
grande oportunidade de buscar o título. Confio no time e possuímos um
elenco forte para competir de igual para igual com os demais – disse o
técnico.
Para ele, um triunfo do Monterrey no Mundial só ajudaria a coroar a boa
fase do futebol mexicano. Em agosto, o México derrotou o Brasil na
final dos Jogos Olímpicos de Londres e faturou a medalha de ouro na
modalidade pela primeira vez.
– O futebol mexicano vem crescendo e essa é mais uma oportunidade de
mostrar que estamos num bom momento. Nossa liga nacional cresceu,
jogamos uma competição em nosso país em que oito ou dez times são
favoritos.
O zagueiro José Basanta, capitão do time, também está confiante.
– São mais cinco equipes além de nós (o Auckland, da Nova Zelândia,
seria a sexta, mas já foi eliminado ao perder para o Hiroshima, do
Japão). Claro que os mais tradicionais são os representantes da América
do Sul e Europa. Esses, aliás, já entram na semifinal. Nós temos de dar
um passo maior para chegar ao título – completa Basanta, referindo-se ao
formato de disputa em que Corinthians e Chelsea já entram na semifinal e
o Monterrey precisa disputar as quartas.